A FRANÇA NA PROFECIA BÍBLICA


Em Apocalipse 11.1-14 a França protagoniza uma das profecias da Revelação. É uma profecia que está entre a 6ª a 7ª Trombeta, ou seja no período do 'Tempo do Fim'.

A França é identificada como fazendo parte da “besta que sobe do abismo” [11.7]; o abismo é introduzido na Revelação no capítulo 9.1, durante a quinta trombeta – “do poço do abismo [abyssos] subiu fumaça... da fumaça saíram gafanhotos sobre a terra” 9.2 e 3. Esses gafanhotos são as tribos mouras ou árabes [Roy A. Anderson, 1988].

Mas do abismo [abyssos] da 5ª trombeta não sai somente ‘fumaça e gafanhotos’ mas também sai a “besta do abismo” [11.7]. Ou seja, não temos apenas as duas bestas do capítulo 13, mas três bestas:
- A Besta que sobe do Abismo [Abyssos] – 11.7
- A Besta que sobe do Mar [Thalassa] – 13.1
- A Besta que sobe da Terra – 13.11

A ‘Besta que sobe do Abismo’ [do Abyssos] não pode ser a mesma que ‘sobe do Mar’ [Thalassa]; a primeira surge, quando a segunda é ‘ferida de morte na cabeça’ 13.3; aproximadamente no final do século 18.

C. Mervyn Maxwell afirma que “ ‘a décima parte da cidade’ é a França” [11.13]. Ou seja, a França não seria a ‘Besta que sobe do Abismo’, mas parte dela. Essa Besta [Reino] talvez seja a Europa; daí a referência à “décima parte” pela profecia.

A França aparece na profecia do capítulo 11 do Apocalipse como essa “décima parte” da “grande cidade que espiritualmente se chama Egito e Sodoma” [11.8]; essa cidade persegue “as duas testemunhas” [O Antigo e Novo Testamento] e “lhes faz guerra, vencerá e matará” [11.7].

A Europa no final do século 18 estava no auge da Revolução Industrial. A “décima parte” da Europa, a França, estava no auge da sua própria revolução – a Revolução Francesa. Movidas por filosofias emergentes desta era moderna [idealismo, positivismo, racionalismo, capitalismo etc] Europa e França são representadas na profecia como a “grande cidade” e a “décima parte da cidade”. A própria Besta de Apocalipse 13 é transmudada na profecia para a “Grande meretriz” [cap.17] e a “Grande Cidade Babilônia” [cap.18] – todas as figuras representando o mesmo poder, mas em diferentes estágios de tempo.

Dessa guerra da “grande cidade” [Europa] contra as “duas testemunhas” [Biblia] é dito que “seus corpos estarão na praça da grande cidade” [v7]; e “nações veriam seus corpos” v8; “os que habitam sobre a terra se regozijarão sobre eles” [v.10].

A profecia afirma que a razão para esta postura anti-bíblica é que “estes dois profetas atormentaram os que habitam sobre a terra” [v10up]. Neste período do final do século 18, o Racionalismo havia originado a ‘Alta Crítica’ dos textos bíblicos, tirando a credibilidade da Bíblia, criando o Jesus histórico [mais tarde] e libertando o Ateísmo para ser instituído no meio científico.

A Europa foi o local “onde o seu Senhor foi crucificado” [v.8] na cruz do Racionalismo, com os cravos da Alta Crítica.

A profecia coloca a França no epicentro deste ateísmo e aversão à religião; os “três dias e meio” que a Bíblia permanece ‘morta’, são interpretados como “o período mais agudo da revolução” [Mello, 1958], ou os três anos e meio do ‘Reinado de Terror’ na França [24 de Outubro de 1793 a Abril de 1797].

O “grande terremoto” [11.13] que o profeta descreve com a morte de “sete mil homens” é o cenário da imagística da profecia para os resultados da Revolução Francesa.

A França aparece no cenário da profecia em uma guerra do Ateísmo contra a Bíblia. E esse é o espírito que permanece hoje naquela nação sobre os assuntos relacionados com Deus, Religião e crenças.

O evento terrorista que ocorreu ali [Janeiro de 2015] contra a mídia irreverente do Jornal Charlie Ebdo, é uma reposta de juízo [no contexto da 6ª trombeta] para uma postura ateísta, baixa e irreverente. Essa postura foi estabelecida na Revolução Francesa, mais especificamente na guerra que fizeram contra a religião cristã e contra a Bíblia.


“Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará” Gálatas 6.7

A FRANÇA E O REINADO DO TERROR


A França têm uma parte na profecia apocalíptica no capítulo 11.7-14; na história esse período é chamado “Reinado do Terror”, que ocorreu no final do século 18 durante a Revolução Francesa.

No Apocalipse este país é retratado como ‘vencendo e matando’ as ‘Duas Testemunhas’ de Deus [O Antigo e o Novo Testamento’] Ap 11.7. A França é chamada de ‘Besta que sobe do Abismo’.

Essa é uma imagística profética para o que a Revolução Francesa implantou na França – o ódio à religião e a perseguição às Sagradas Escrituras.

O livro, O Grande Conflito, pag.265, no capítulo ‘A Escritura Sagrada e a Revolução Francesa’ descreve o que a Revolução Francesa estabeleceu neste país:

Rejeitando o evangelho que lhe teria trazido cura, a França abrira a porta à incredulidade e ruína. Quando as restrições da lei de Deus foram postas de lado, verificou-se que as leis dos homens eram impotentes para sustar a avassalante onda da paixão humana; e a nação descambou para a revolta e anarquia. A guerra contra a Bíblia inaugurou uma era que se conserva na História Universal como "o reinado do terror". A paz e a felicidade foram banidas dos lares e do coração dos homens. Ninguém se achava seguro. O que hoje triunfava era alvo de suspeitas e condenado amanhã. A violência e a cobiça exerciam incontestável domínio”


Essa postura de ódio à religião e irreverência para com as Sagradas Escrituras permanece até hoje no país. O jornal de humor Charlie Hebdo é apenas a ponta do iceberg de uma nação que congelou espiritualmente e sofre os juízos de Deus por sua irreverência e desrespeito a Deus.


Essa postura  de irreverência e ódio à religião é uma postura que a Europa e o mundo irá assumir. Na primeira profecia de Daniel, onde ele interpreta o sonho de Nabucodonosor, os pés da estátua representa a Europa, os dez dedos os povos que originaram esse continente. É sobre os pés que a pedra vêm e destrói toda a estátua [história político-militar] Daniel 2.34.

Nos protestos contra a violência [que são legítimos] o povo francês exibe placas com os dizeres - 'Je Suis Charlie' - 'Eu Sou Charlie', se identificando com sua linha de pensamento. Não se trata de se colocar no lugar daqueles que perderam suas vidas, mas de se posicionar que concordando com tudo que foi veiculado por aquele jornal.

Os juízos de Deus virão sobre um mundo que tem ódio a religião, não acredita e menospreza a Bíblia e rejeita a Deus ou sequer acredita nEle.

A postura irreverente do jornal Charlie Hebdo é a postura herdada do 'Reinado do Terror' - um ateísmo irreverente e baixo.

Mas por que resistir a Deus e tentar lutar contra Ele?

TERROR NA FRANÇA



Há várias formas de se entender o que aconteceu na França; uma delas é enxergar um viéis político-filosófico, como o texto abaixo descreve:

"O Charlie Hebdo, cuja redação foi alvo de um atentado terrorista em 7 de janeiro de 2015, é um veículo de comunicação de extrema-esquerda. A origem política e artística dos principais nomes do veículo remonta aos anos 1960 na França. 

O Escritório do semanário satírico, foi atacado por suas charges ofensivas a Maomé.

O diretor de redação do Charlie Hebdo, Charb, também assassinado no ataque, era parte de uma nova geração de artistas e jornalistas, diretamente herdeira do grupo original.  Era ele quem orientava a linha política e editorial do semanário desde 2009. Segundo o jornal francês Libération, foi ele o principal alvo dos terroristas.

A sátira ao Islã nas páginas do Charlie Hebdo dava-se a partir de uma leitura progressista, de rejeição ao conservadorismo clerical, diretamente alinhada a posições tradicionais do semanal contra o sionismo, o fascismo, o imperialismo e o capitalismo. Entender o atentado de 7 de janeiro, um dos mais graves já ocorridos na França, apenas como um ataque à liberdade de expressão é uma meia verdade e envolve um grande risco político de interpretação."

Mas há também um cenário histórico-profético atrás deste fato, que aponta para os sinais da Segunda Vinda que Jesus Cristo deixou para o fim da história humana.

Jesus em seu Sermão Profético, narrado pelo evangelista Lucas, descreve um dos últimos sinais antes da Segunda Vinda - "Os homens desfalecerão de terror, e pela expectação das coisas que sobrevirão ao mundo; porquanto os poderes do céu serão abalados" Lucas 21.26.

O terrorismo é uma cicatriz escatológica do século 21. Os grandes ataques terroristas ocorreram na primeira década deste novo século. E a profecia de Jesus os coloca logo a seguir dos "sinais no sol, na lua [1780] e nas estrelas [1833]" Lucas 21.25, quase 180 anos depois de que esses sinais ocorreram.


O terror é um sinal predito por Jesus e a profecia do Apocalipse situaliza esse sinal nas Trombetas de Apocalipse [9.1-21] - [leia a postagem anterior para entender essa relação].

O ataque de muçulmanos extremistas ao mundo ocidental na última década, cumpre a profecia bíblica, como juízos de Deus sobre a postura dos países quanto a Deus e Suas Verdades.

O ataque terrorista de 2001 em Nova Iorque, foi um ataque aos EUA; na profecia esse país é a Segunda Besta de Apocalipse 13 [vs.11-18]. Neste trecho da Revelação temos uma Falsa Trindade - O Dragão, a Besta do Mar e a Besta da Terra. Os juízos de Deus é sobre essa coligação: Satanás-Vaticano-Casa Branca.

As Trombetas, ou a ação dos muçulmanos sobre estes poderes, são os juízos de Deus para conter a ação corruptora destes poderes sobre a igreja de Deus e os humanos na Terra.

O Ataque ao Charlie Hebdo é mais um juízo de Deus sobre uma destas forças corruptoras, que tentam estabelecer a descrença e a irreverência para com a causa de Deus.

A ótica bíblica-histórica vê esse evento como um juízo sobre uma nação que corrompe o povo. Mais especificamente o ataque ao escritório do jornal foi um julgamento Divino sobre a atitude irreverente dos editores para com a religião e a Divindade.

Se vivemos sob a 6a trombeta, Deus se utiliza ainda dos povos muçulmanos para castigar as nações que se rebelam contra Ele; da mesma forma Deus utilizará o poder das 'Bestas' para castigar os muçulmanos.

Deus é Soberano sobre a Terra; "E todos os reis se prostrarão perante Ele; todas as nações O Servirão" Salmos 72.11.

O TERRORISMO E AS TROMBETAS DO APOCALIPSE


As trombetas na Bíblia, inicialmente o 'shofar', cornetas de chifre de carneiros, foram usadas com fins militares para ordenar a guerra e os movimentos do acampamento de Israel.

Mas depois do estabelecimento do Templo, foram feitas duas trombetas de prata, que eram usadas no ano novo, e tocadas durante os 10 dias que antecediam o Dia da Expiação [Levítico 23.24-32]. O Dia da Expiação era um dia de juízo, e terminava com o total perdão dos pecados daqueles que 'afligiam suas almas' v27.

Na imagística do Apocalipse, as trombetas representam:
- eventos de guerra na história da igreja
- juízos de Deus sobre os opressores da igreja

O quadro abaixo é a interpretação bíblica-histórica das 7 trombetas de Apocalipse 8.6 - 9.21



A 5a e a 6a Trombeta são aceitas pela interpretação bíblica-histórica como sendo a ação das tribos mouras sobre o Império Romano e principalmente sobre o papado. Os mouros são as tribos que deram origem aos povos muçulmanos de crença Islâmica.

Os ataques dos mouros e muçulmanos ao Império Oriental e ao papado foram os juízos de Deus sobre um Império e uma força política-religiosa [papado] que oprimiu, perseguiu e matou o povo de Deus.

O segundo gráfico abaixo, indica que vivemos ainda nos dias da 6a trombeta:



Os dias da 6a trombeta são os dias da Igreja de Laodicéia; os eventos de terrorismo que estamos presenciando ainda são motivados pelos muçulmanos desta penúltima trombeta.

No Apocalipse as 3 últimas trombetas [5a, 6a e 7a] são chamadas de 'Ais' - "Ai, ai, ai dos que habitam sobre a terra" Ap 8.13. Quando a 5a trombeta é descrita o anjo diz: "Passado é já um ai; eis que depois disso vêm dois ais" Ap 9.12.

De acordo com essa imagística as 3 últimas trombetas seriam impactantes e 'dolorosas'.

O terrorismo que os muçulmanos extremistas promovem na Europa, o último na França, são cumprimento da profecia das trombetas.

Porém nós devemos aguardar a sétima e última trombeta que é a Segunda Vinda de Jesus - 
"E o sétimo anjo tocou a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre. [...] E iraram-se as nações, e veio a tua ira, e o tempo dos mortos, para que sejam julgados, e o tempo de dares o galardão aos profetas, teus servos, e aos santos, e aos que temem o teu nome, a pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destroem a terra. E abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca da sua aliança foi vista no seu templo; e houve relâmpagos, e vozes, e trovões, e terremotos e grande saraiva” Apocalipse 11.15, 18-19